Os Conselheiros Deliberativos da Fundação Real Grandeza Tania Vera Vicente e Nelson Bonifácio, eleitos pelos assistidos, votaram contra o reajuste das mensalidades dos planos de saúde administrados pela FRG enquanto durar a pandemia. Foram voto vencido por 4×2. Veja abaixo seus votos:
Meu voto é contrário à aprovação da PRC 027.2020, face aos significativos reajustes propostos para os Planos Básico e Especial, atingindo 7.982 pessoas (dados jan/20), dos quais 3.448 assistidos e os demais agregados. Os reajustes variam de 21,25 % a até 36,61%, a serem aplicados em julho/20 (contracheque de jun/20), em plena pandemia no Brasil, trazendo ainda mais instabilidade aos aposentados e pensionistas destes planos, muitos suportando seu grupo familiar face às consequências da pandemia, desemprego e perda de receita dos que estão na informalidade.
Na análise da proposta encaminhada à FRG pela APÓS-FURNAS, de postergar por 6 meses a aplicação do reajuste face a pandemia, foi-nos informado que custaria R$ 3,5 milhões por mês, o que importaria em utilizar R$ 21 milhões dos R$63 milhões (mar/20) existentes no FESP.
Minha posição foi favorável a usar solidariedade dos demais planos aos Planos Básico e Especial, concomitante à maior utilização do FESP – com a proposta aprovada, a duração do FESP é de 73 meses – de modo a diminuir o reajuste, minimizando a perda de plano de saúde (cancelamentos) e migrações para planos de menor cobertura médica-hospitalar (SALUTEM E SALVUS), ambos com perda do benefício de Cuidador, em plena pandemia.
Tania Vera Vicente
Reitero voto proferido no exercício anterior quando, alegando corrigir distorções de longa data, foram retirados os benefícios que eram concedidos pelo FESP ao plano Básico, aumentado abusivamente os Planos Básico e Especial, bem como fechando os mesmos para novos participantes.
Em verdade, o que se pretendeu foi forçar a transferência de todos para os novos planos que foram criados (Salutem e Salvus). O que não foi alcançado, pois mesmo aqueles que tinham condições financeira para continuar nos planos, na grande maioria, simplesmente saíram.
Mesmo transferindo a ajuda do FESP para os novos planos, reduzindo as mensalidade, concluíram que os novos planos estavam aquém de suas necessidades.
No reajuste atual, apesar da pandemia e das solicitações não só da APÓS-FURNAS bem como de seus Conselheiros, atuantes neste Conselho Deliberativo, nada conseguiu sensibilizar no sentido de que alguma coisa fosse amenizada. Considerando a situação atual com muitos aposentados suportando pesados ônus, às vezes de todos os familiares, filhos netos e até genitores, prevaleceu o econômico sobre o social.
Certamente alguns, premidos por necessidade de assistência médica, vão migrar, mas a maioria certamente ou vai procurar outros planos ou vai terminar no SUS. Vamos acabar todos sem Plano.
Reajustes aprovados:
• Novos Planos – zero%
• Plames (Básico e Especial, com agregados} – DE 21,25% a 36,65%.
Inflação médica: 14,97%
Nelson Bonifácio