Um aniversário para não comemorar
Em 28 de fevereiro de 1957, o BRASIL assolado por um grande déficit energético, o então Presidente da Republica Juscelino Kubitschek entregou a um grupo de profissionais de capacidade técnica e ética indiscutíveis, liderados pelo engenheiro John Reginald Cotrim, a criação de FURNAS, empresa que nos anos subseqüentes se tornaria uma das maiores geradoras de energia elétrica do pais.
Desde quando rascunhavam as bases da nova empresa, e ao longo de toda a gestão, essas pessoas imprimiram, além de uma estrutura altamente técnica, também uma face humana às relações de trabalho, fato incomum nos meios empresariais daquela época, tornando-a uma das melhores empresa para se trabalhar no pais.
Alguns anos depois veio a criação da FUNDAÇÃO REAL GRANDEZA, mecanismo de seguridade que visou garantir um futuro digno aos ex-empregados de FURNAS, e posteriormente foi instituído um plano para atender a saúde.
Lamentavelmente, no dia 28 de fevereiro de 2022, quando podíamos comemorar os 65 anos da empresa e suas conquistas, constatamos o desmonte gradativo e criminoso de FURNAS por parte dos atuais governantes.
É perceptível que por trás estão interesses econômicos, nacionais e internacionais, com a colaboração de setores entreguistas, para adquirirem as empresas mais importantes e estratégicas do pais por um valor irrisório, insignificante.
A APÓS-FURNAS, como instituição representativa dos assistidos, rejeita e abomina essa tentativa da entrega deste patrimônio do povo brasileiro, constituído por FURNAS e as demais empresas do sistema ELETROBRAS.
Usaremos todos os recursos disponíveis, desde mobilizações, influencia nas mídias sociais, pressão política até medidas judiciais, para defender esse patrimônio.
É importante entretanto, que parte considerável dos assistidos saia da posição de imobilização e de insensatez, que pode parecer compactuar com essa entrega absurda – que custou trabalho e até a vida de muitos colegas.
Os participantes, associados ou não da APÓS-FURNAS, precisam ter consciência da gravidade do momento que estamos passando.
Somente através de uma associação, um coletivo institucionalizado, conseguiremos força para reverter esse quadro preocupante. Quanto maior for o grupo, mais representatividade teremos nas instancias administrativa, política e jurídica.
Convençam os amigos a se envolverem nessa luta, que não é só da APÓS-FURNAS, mas de todos nós!
“Envolver-se é a única forma de enfrentar a realidade”
(Heinrich Böll)